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Doença de Parkinson: Entenda os Tratamentos Neurocirúrgicos e Avanços Atuais

Parkinson

A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada por tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos e instabilidade postural, ela impacta diretamente a rotina, a independência e a qualidade de vida dos pacientes.

Embora os tratamentos farmacológicos continuem sendo a primeira linha de cuidado, há casos em que os sintomas se tornam resistentes a medicamentos. É nesse cenário que os tratamentos neurocirúrgicos entram como alternativa eficaz, oferecendo melhora significativa nos sintomas motores e, consequentemente, na qualidade de vida.

Neste artigo, vamos explorar os principais procedimentos neurocirúrgicos para Parkinson, como funcionam, quem são os candidatos ideais e os resultados esperados, trazendo informações atualizadas e práticas sobre o tema.

Entendendo a doença de Parkinson

Parkinson
Dr. Sérgio Adrian Fernandes Dantas - Neurocirurgia - Doença De Parkinson: Entenda Os Tratamentos Neurocirúrgicos E Avanços Atuais

O Parkinson é causado pela degeneração dos neurônios dopaminérgicos na substância negra do cérebro, região responsável pela produção da dopamina. A dopamina é essencial para a coordenação motora e controle dos movimentos voluntários.

Quando essa substância diminui, surgem os sintomas clássicos:

  • Tremores em repouso, geralmente nas mãos, mas que podem afetar braços, pernas e mandíbula.
  • Rigidez muscular, causando dificuldade de movimentação.
  • Bradicinesia, ou lentidão para iniciar e executar movimentos.
  • Instabilidade postural, aumentando o risco de quedas.
  • Sintomas não motores: depressão, alterações do sono, problemas cognitivos e constipação intestinal.

Embora ainda não haja cura, a combinação de medicação, fisioterapia, terapia ocupacional e tratamentos cirúrgicos permite controle eficaz dos sintomas.

Quando os tratamentos neurocirúrgicos são indicados?

Os tratamentos neurocirúrgicos são geralmente recomendados para pacientes que apresentam:

  • Sintomas motores não controlados mesmo com medicação otimizada.
  • Oscilações motoras ou efeitos colaterais severos de medicamentos.
  • Tremores persistentes, que prejudicam atividades do dia a dia.
  • Boa saúde geral, sem condições médicas que aumentem riscos cirúrgicos.

O objetivo é reduzir os sintomas motores, permitir que o paciente recupere funcionalidade e, em alguns casos, reduzir a dose de medicação.

Principais tratamentos neurocirúrgicos para Parkinson

Parkinson
Dr. Sérgio Adrian Fernandes Dantas - Neurocirurgia - Doença De Parkinson: Entenda Os Tratamentos Neurocirúrgicos E Avanços Atuais

Estimulação Cerebral Profunda (DBS)

A DBS (Deep Brain Stimulation) é a técnica mais utilizada atualmente. Ela envolve:

  • Implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro, geralmente o núcleo subtalâmico ou globo pálido.
  • Conexão dos eletrodos a um gerador de impulsos, implantado sob a pele no tórax.
  • Emissão de estímulos elétricos controlados, que modulam a atividade neural alterada pelo Parkinson.

Benefícios da DBS:

  • Redução significativa de tremores, rigidez e lentidão.
  • Diminuição de flutuações motoras e discinesias.
  • Possibilidade de reduzir a dose de medicação antiparkinsoniana.

Embora seja altamente eficaz, a DBS exige avaliação rigorosa da equipe multidisciplinar para definir quem é candidato ideal, considerando idade, estágio da doença e comorbidades.

Lesões cirúrgicas (pallidotomia e talamotomia)

Antes da DBS se popularizar, técnicas de lesões cirúrgicas eram usadas:

  • Pallidotomia: destruição de pequenas áreas do globo pálido para reduzir discinesias e rigidez.
  • Talamotomia: intervenção no tálamo para controle de tremores.

Hoje, essas técnicas são menos frequentes, mas ainda podem ser indicadas em casos específicos, quando a DBS não é possível.

Infusão contínua de medicamentos

Em alguns centros especializados, procedimentos cirúrgicos permitem a instalação de bombas de infusão contínua:

  • Infusão de levodopa/carbidopa gel diretamente no intestino.
  • Controle mais estável dos sintomas motores, evitando picos e vales relacionados à medicação oral.

Essa abordagem é indicada para pacientes com flutuações motoras graves e intolerância a doses altas de comprimidos.

Avaliação pré-cirúrgica

Antes de qualquer procedimento, é fundamental uma avaliação detalhada, incluindo:

  • Exames de imagem cerebral (ressonância magnética) para localizar áreas-alvo.
  • Avaliação neurológica e neuropsicológica completa.
  • Revisão do histórico clínico e uso de medicamentos.
  • Discussão sobre expectativas, riscos e cuidados pós-operatórios.

A seleção criteriosa de candidatos garante maior sucesso nos resultados e menor risco de complicações.

Resultados esperados e acompanhamento pós-cirúrgico

Após procedimentos neurocirúrgicos, os pacientes geralmente apresentam:

  • Melhora nos tremores e rigidez dentro de semanas.
  • Redução de discinesias e oscilações motoras.
  • Capacidade de retomar atividades de vida diária com maior autonomia.

O acompanhamento envolve ajustes do gerador DBS ou da bomba de infusão, fisioterapia, terapia ocupacional e avaliação contínua do tratamento medicamentoso.

Riscos e cuidados

Parkinson
Dr. Sérgio Adrian Fernandes Dantas - Neurocirurgia - Doença De Parkinson: Entenda Os Tratamentos Neurocirúrgicos E Avanços Atuais

Como qualquer intervenção cirúrgica, existem riscos potenciais:

  • Infecção no local do implante.
  • Hemorragia cerebral ou complicações neurológicas (raras).
  • Efeitos colaterais da estimulação, como alterações de humor ou fala.

Por isso, é essencial que a cirurgia seja realizada em centros especializados, com equipe multidisciplinar e experiência comprovada.

Conclusão

A doença de Parkinson é desafiadora, mas os tratamentos neurocirúrgicos modernos oferecem alternativas eficazes para quem não responde adequadamente à medicação. A estimulação cerebral profunda, lesões cirúrgicas específicas e infusão contínua de medicamentos permitem reduzir sintomas motores, melhorar qualidade de vida e aumentar autonomia dos pacientes.

O sucesso depende de avaliação criteriosa, seleção adequada do candidato e acompanhamento multidisciplinar, garantindo que a intervenção traga benefícios reais e duradouros.


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A cirurgia de Parkinson cura a doença?

Não. Os procedimentos neurocirúrgicos não curam o Parkinson, mas controlam sintomas motores e melhoram a qualidade de vida.

Qual é a idade mínima para a estimulação cerebral profunda (DBS)?

Não há idade mínima rígida, mas pacientes geralmente são avaliados entre 40 e 75 anos, considerando saúde geral e estágio da doença.

É possível reduzir a medicação após a cirurgia?

Sim. Muitos pacientes conseguem reduzir doses de levodopa ou outros medicamentos após a DBS, diminuindo efeitos colaterais e flutuações motoras.