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Cirurgia de Epilepsia: Quando é Indicada e Quais Benefícios Pode Trazer

Inteligência Artificial Na Neurocirurgia

A epilepsia é uma condição neurológica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, caracterizada por crises recorrentes causadas por descargas elétricas anormais no cérebro. Embora muitas pessoas consigam controlar os sintomas com medicamentos, há casos em que as crises persistem, mesmo após o uso de diferentes fármacos. Nesses casos, a cirurgia de epilepsia pode ser uma alternativa eficaz e, muitas vezes, transformadora.

Neste artigo, você vai entender quando a cirurgia é indicada, quais os principais tipos de procedimento, como é o processo de avaliação e quais são os benefícios reais para os pacientes.

Quando a cirurgia de epilepsia é necessária

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Dr. Sérgio Adrian Fernandes Dantas - Neurocirurgia - Cirurgia De Epilepsia: Quando É Indicada E Quais Benefícios Pode Trazer

A cirurgia de epilepsia é indicada principalmente para pessoas com epilepsia refratária, ou seja, quando as crises não são controladas por medicamentos anticonvulsivantes. Normalmente, considera-se refratária a epilepsia que permanece ativa após o uso de pelo menos dois medicamentos adequados, em doses corretas e sob acompanhamento médico.

O objetivo principal da cirurgia é reduzir ou eliminar as crises epilépticas, permitindo que o paciente recupere qualidade de vida, autonomia e segurança nas atividades diárias.

Situações em que o tratamento cirúrgico pode ser considerado

  • Crises epilépticas frequentes que afetam o desempenho no trabalho, nos estudos ou na vida social.
  • Efeitos colaterais severos dos medicamentos que comprometem o bem-estar.
  • Foco epiléptico localizado (ou seja, quando é possível identificar exatamente a área do cérebro onde as crises se iniciam).
  • Casos em que exames de imagem e monitoramento indicam possibilidade de ressecção segura.

Avaliação antes da cirurgia

Antes de qualquer intervenção, o paciente passa por uma avaliação detalhada feita por uma equipe multidisciplinar, que inclui neurologistas, neurocirurgiões, neuropsicólogos e especialistas em imagem cerebral.

Os principais exames realizados são:

  • Ressonância magnética de alta resolução (MRI): identifica possíveis lesões cerebrais ou áreas anormais.
  • Eletroencefalograma (EEG) de longa duração ou vídeo-EEG: registra as crises em tempo real para localizar a origem.
  • Tomografia por emissão de pósitrons (PET) e SPECT: mostram a atividade metabólica do cérebro.
  • Avaliação neuropsicológica: analisa funções cognitivas, como memória, linguagem e raciocínio, para prever possíveis impactos.

O objetivo é confirmar o local exato do foco epiléptico e verificar se ele pode ser removido sem prejudicar funções cerebrais essenciais.

Tipos de cirurgia de epilepsia

Cirurgia De Epilepsia
Dr. Sérgio Adrian Fernandes Dantas - Neurocirurgia - Cirurgia De Epilepsia: Quando É Indicada E Quais Benefícios Pode Trazer

A cirurgia de epilepsia não é um único procedimento — há diferentes técnicas, e a escolha depende da causa, da localização do foco e do perfil do paciente.

1. Cirurgia de ressecção

É o tipo mais comum. Consiste em remover a área cerebral onde se originam as crises.

  • Exemplo: a lobectomia temporal anterior, indicada em casos de epilepsia do lobo temporal — uma das formas mais comuns e bem estudadas da doença.
  • Benefício: pode proporcionar eliminação completa das crises em até 70% dos casos quando bem indicada.

2. Cirurgia desconectiva

Em vez de remover a área afetada, o cirurgião interrompe as conexões neuronais que espalham a atividade epiléptica.

  • Exemplo: calosotomia do corpo caloso, geralmente usada em pacientes com crises graves que envolvem quedas súbitas.

3. Neuroestimulação

Indicado quando a remoção da área epiléptica não é possível. Dispositivos implantáveis enviam estímulos elétricos controlados para reduzir a frequência das crises.

  • Tipos: estimulação do nervo vago (VNS) e estimulação cerebral profunda (DBS).
  • Benefício: não elimina totalmente as crises, mas pode reduzir significativamente sua intensidade e frequência.

4. Hemisferectomia funcional

Utilizada em casos graves, geralmente em crianças, quando um hemisfério cerebral está gravemente comprometido.

  • Embora seja um procedimento mais invasivo, pode proporcionar redução drástica das crises e melhora do desenvolvimento cognitivo e motor.

Benefícios da cirurgia de epilepsia

Os avanços tecnológicos e o refinamento das técnicas cirúrgicas tornam esse tratamento cada vez mais seguro e eficaz. Entre os principais benefícios estão:

1. Redução ou eliminação das crises

O maior ganho é o controle das crises epilépticas. Muitos pacientes relatam anos sem episódios após a cirurgia, o que permite retomar atividades antes impossíveis, como dirigir, estudar ou trabalhar com mais segurança.

2. Melhora da qualidade de vida

Com menos crises, há melhora no sono, na concentração e no humor, além de redução da ansiedade e do medo de ter uma crise em público.

3. Redução da dependência medicamentosa

Após a cirurgia, parte dos pacientes consegue diminuir a dose ou até suspender os anticonvulsivantes, sob orientação médica.

4. Maior autonomia e inclusão social

A epilepsia pode gerar limitações no dia a dia. Com o controle cirúrgico, a autonomia e a autoconfiança aumentam, facilitando o retorno ao convívio social, ao trabalho e às atividades de lazer.

Riscos e possíveis efeitos colaterais

Cirurgia De Epilepsia
Dr. Sérgio Adrian Fernandes Dantas - Neurocirurgia - Cirurgia De Epilepsia: Quando É Indicada E Quais Benefícios Pode Trazer

Como toda cirurgia cerebral, o procedimento envolve riscos — embora cada vez menores com os recursos modernos de mapeamento cerebral e neuroimagem.

Os principais riscos incluem:

  • Infecção ou sangramento, raros, mas possíveis.
  • Alterações de memória, fala ou visão, dependendo da área operada.
  • Recorrência das crises, em casos em que nem todo o foco epiléptico pôde ser removido.

Por isso, é fundamental realizar o procedimento em centros especializados em neurocirurgia de epilepsia, com equipe experiente e estrutura de suporte intensivo.

O pós-operatório

A recuperação varia conforme o tipo de cirurgia. Em geral:

  • A internação dura de 3 a 7 dias.
  • O retorno gradual às atividades ocorre em duas a quatro semanas.
  • O acompanhamento neurológico é contínuo, com ajustes de medicamentos e avaliações periódicas.

O paciente também pode precisar de reabilitação neuropsicológica para readaptar funções cognitivas e reforçar o sucesso do tratamento.

Expectativas realistas e resultados a longo prazo

Estudos mostram que, em casos bem selecionados, entre 60% e 80% dos pacientes ficam livres das crises após a cirurgia. Mesmo quando a cura completa não é possível, a maioria experimenta uma redução expressiva na frequência e intensidade das crises.

Os benefícios se estendem por anos, com melhora do humor, desempenho cognitivo e socialização, tornando a cirurgia uma alternativa cada vez mais considerada pelos especialistas.

Conclusão

A cirurgia de epilepsia representa um avanço significativo na neurologia moderna, especialmente para quem convive há anos com crises sem controle. Quando indicada corretamente, oferece grandes chances de liberdade das crises e melhora substancial da qualidade de vida.

No entanto, cada caso deve ser analisado de forma individual, com avaliação completa por uma equipe multidisciplinar especializada. A decisão pela cirurgia é sempre conjunta, baseada em exames detalhados, expectativas realistas e segurança do paciente.


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A cirurgia de epilepsia é um último recurso?

Nem sempre. Ela deve ser considerada quando duas ou mais medicações adequadas falham, e não apenas como última opção.

Toda epilepsia pode ser tratada com cirurgia?

Não. A cirurgia só é possível quando o foco das crises pode ser identificado com precisão e removido com segurança.

A pessoa fica curada após a cirurgia?

Em muitos casos, sim. Em outros, há apenas redução significativa das crises, mas ainda assim com grande melhora na qualidade de vida.