Fibromialgia e Neurocirurgia: Existe Relação?

A fibromialgia é uma condição marcada por dor crônica generalizada, fadiga intensa e hipersensibilidade ao toque. Por afetar a forma como o sistema nervoso interpreta estímulos, muitas pessoas se perguntam se existe alguma relação com a neurocirurgia ou se procedimentos cirúrgicos podem ajudar no tratamento.
A resposta é que a fibromialgia não é uma doença cirúrgica, mas seu entendimento envolve, sim, o sistema nervoso central. Isso significa que neurologistas, médicos da dor e outros especialistas podem atuar no manejo, mas a cirurgia não é indicada como forma de cura.
Neste artigo, você vai entender de maneira clara e acessível como o cérebro participa da fibromialgia, por que a neurocirurgia não é tratamento para essa condição e em quais situações o acompanhamento com especialistas da área neurológica pode ser útil.
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O que realmente acontece no corpo de quem tem fibromialgia

A fibromialgia não provoca inflamação visível em exames ou danos estruturais. O grande ponto está em como o sistema nervoso percebe a dor.
Pesquisas mostram alterações importantes, como:
- Sensibilização central, quando o cérebro passa a amplificar sinais de dor.
- Baixa tolerância a estímulos, até mesmo toques leves podem causar desconforto.
- Alterações nos neurotransmissores, incluindo substâncias que modulam dor e bem-estar.
Esses fatores tornam a experiência dolorosa mais intensa e contínua, mesmo sem uma causa localizada. Por isso, a fibromialgia é considerada uma condição de disfunção no processamento da dor, não uma doença estrutural que possa ser corrigida cirurgicamente.
Existe relação entre fibromialgia e neurocirurgia?
A relação é indireta. A neurocirurgia lida com problemas estruturais do sistema nervoso, como tumores, hérnias de disco, hemorragias e compressões nervosas.
Na fibromialgia, porém, não há lesões físicas no cérebro, medula ou nervos que justifiquem uma intervenção. Os circuitos estão funcionando de forma diferente, mas estruturalmente estão intactos.
A neurocirurgia só entra em cena quando:
- há suspeita de outra condição neurológica associada;
- exames sugerem compressões nervosas que possam causar dor;
- o paciente apresenta sintomas neurológicos atípicos, como perda de força, alterações de sensibilidade ou desequilíbrio.
Ou seja, a neurocirurgia pode ajudar no diagnóstico diferencial, garantindo que não existe outra causa para os sintomas — mas não é um tratamento para fibromialgia.
Quando buscar avaliação neurológica em casos de fibromialgia

Apesar de não ser uma doença cirúrgica, alguns sinais exigem avaliação neurológica para excluir outros quadros:
- dor intensa associada a dormência persistente
- perda de força nos membros
- desequilíbrio ou quedas frequentes
- alterações visuais súbitas
- dor localizada em trajetória nervosa específica
- dor associada a febre, perda de peso ou outros sintomas sistêmicos
Um neurologista pode solicitar exames como ressonância magnética, eletroneuromiografia ou testes clínicos, garantindo que a dor não tem origem estrutural.
Se nada disso for identificado, o diagnóstico de fibromialgia ganha força, e o tratamento segue caminhos não cirúrgicos.
Como é feito o tratamento da fibromialgia hoje
O manejo da fibromialgia é multidisciplinar e envolve diferentes abordagens, sempre buscando reduzir a dor, melhorar a qualidade de vida e controlar gatilhos. As estratégias mais eficazes incluem:
Exercícios físicos adaptados
Atividades de baixo impacto, como caminhadas, hidroginástica e pilates, ajudam a regular neurotransmissores e reduzir a sensibilização da dor.
Medicações específicas
Podem incluir moduladores da dor, relaxantes musculares ou medicamentos para sono e ansiedade — sempre sob orientação médica.
Intervenções para o sono
O descanso adequado melhora o limiar de dor e reduz crises.
Terapia cognitivo-comportamental
Auxilia no manejo emocional da dor crônica.
Rotina organizada e redução de gatilhos
Estresse, noites mal dormidas e sedentarismo são fatores que agravam sintomas.
Nenhuma dessas estratégias envolve cirurgia, reforçando que a fibromialgia não tem tratamento cirúrgico indicado.

Conclusão
Fibromialgia e neurocirurgia não caminham juntas quando o assunto é tratamento, porque a condição não envolve lesões estruturais que possam ser corrigidas com cirurgia. Entretanto, o papel do sistema nervoso central é fundamental na doença, e por isso, avaliações neurológicas podem ser necessárias para excluir outras causas de dor.
O ponto principal é entender que a fibromialgia é uma disfunção no processamento da dor, e não um problema anatômico. O tratamento é amplo, contínuo e multidisciplinar, com foco na melhora da qualidade de vida.
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A fibromialgia pode virar um problema neurológico grave?
Não. A fibromialgia não evolui para tumores, lesões na medula ou doenças degenerativas. Ela é uma síndrome funcional do sistema nervoso.
Neurocirurgia ajuda a melhorar a dor da fibromialgia?
Não. Como não existe lesão ou compressão anatômica, a cirurgia não tem função terapêutica na fibromialgia.
Quem tem fibromialgia deve fazer exames de imagem?
Em muitos casos, sim — mas apenas para descartar outras causas de dor. Uma vez excluídas, o diagnóstico clínico é prioritário.