Quando a Cirurgia de Epilepsia é Indicada? Entenda os Critérios e Benefícios

A cirurgia de epilepsia é uma alternativa terapêutica que pode transformar a vida de pacientes que convivem com crises frequentes e debilitantes. Apesar de não ser o primeiro tratamento considerado, ela pode oferecer a possibilidade de redução significativa ou até mesmo eliminação das crises em casos selecionados.
A decisão de indicar a cirurgia não é simples, envolve uma avaliação criteriosa, exames de alta precisão e uma equipe multidisciplinar especializada. A seguir, vamos entender quando esse procedimento é realmente recomendado, quais são os critérios avaliados e quais benefícios ele pode trazer.
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Quando a cirurgia passa a ser considerada

O tratamento padrão para epilepsia começa com medicamentos anticonvulsivantes. Porém, cerca de 30% dos pacientes apresentam epilepsia de difícil controle, também chamada de epilepsia refratária.
Nesses casos, a cirurgia pode ser indicada quando:
- O paciente já tentou dois ou mais medicamentos em doses e modificados sem sucesso.
- As crises têm origem numa área específica do cérebro que pode ser removida ou tratada sem comprometer funções essenciais.
- Há impacto significativo na qualidade de vida, com limitações no trabalho, nos estudos ou nas atividades diárias.
Critérios avaliados antes da indicação
A equipe médica realiza uma série de exames para determinar se uma cirurgia é segura e viável para o paciente. Entre os principais, estão:
- Ressonância magnética cerebral – identifica lesões ou alterações estruturais.
- Eletroencefalograma (EEG) prolongado – monitora a atividade elétrica do cérebro para localizar a origem das crises.
- Tomografia por emissão de pósitrons (PET) ou SPECT – avalia o metabolismo cerebral.
- Testes neuropsicológicos – analisam memória, atenção, linguagem e outras funções cognitivas.
Essa investigação detalhada ajuda a responder à pergunta-chave: é possível operar a área causadora de crises sem gerar prejuízos importantes para o paciente?
Tipos de cirurgia para epilepsia

Dependendo do caso, diferentes técnicas podem ser utilizadas:
1. Cirurgia ressectiva
Consiste na remoção da área cerebral onde as crises começam, sendo a lobectomia temporal a mais comum.
2. Desconexão
Em vez de remover, o buscador desconecta as áreas que transmitem a atividade epiléptica, rapidamente a propagação das crises.
3. Cirurgias minimamente invasivas
Inclui técnicas como termocoagulação a laser guiada por ressonância , que oferece recuperação mais rápida.
4. Estimulação elétrica
Nos casos em que não seja possível remover a área afetada, podem-se implantar dispositivos que modulam a atividade elétrica cerebral, como o estimulador do nervo vago .
Benefícios e expectativas
Quando bem indicada, a cirurgia de epilepsia pode trazer resultados expressivos:
- Eliminação completa das crises em uma parte significativa dos pacientes.
- Redução importante na frequência e intensidade das crises.
- Melhora na qualidade de vida, no desempenho profissional e nos relacionamentos.
- Redução da necessidade de medicamentos e seus efeitos colaterais.
Riscos e cuidados pós-operatórios

Como qualquer procedimento cirúrgico, há riscos, incluindo infecção, sangramento ou alterações neurológicas. Por isso, a decisão deve ser tomada após discutir cuidadosamente com a equipe médica os possíveis benefícios e complicações.
O acompanhamento após a cirurgia é fundamental, com consultas regulares, ajustes de medicação e suporte psicológico, quando necessário.
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A cirurgia de epilepsia é a cura definitiva?
Não é possível garantir a cura, mas em muitos casos as crises desaparecem ou se tornam muito raras.
Quanto tempo dura a recuperação?
Depende da técnica utilizada; Nas cirurgias abertas, a recuperação inicial leva algumas semanas, enquanto nas minimamente invasivas podem ser mais rápidas.
A cirurgia substitui totalmente os medicamentos?
Nem sempre. Alguns pacientes precisam manter doses menores de anticonvulsivantes.