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Você Sabia? Seu Cérebro Evoluiu para Focar Melhor e Ignorar Distrações!

Cérebro

Nos últimos anos, a cultura de informações rápidas tem nos afetado profundamente. De mensagens de texto à multitarefas, nosso cérebro precisa processar muitas informações diferentes a cada segundo.

Como resultado, a capacidade de focar tornou-se um recurso cada vez mais importante. É aqui que entra a evolução.

Nossos ancestrais desenvolveram complexos sistemas de foco e atenção para se adaptarem aos ambientes ao seu redor. Estudos recentes têm revelado regiões cerebrais específicas responsáveis por regular a atenção e foco, além de novas descobertas no campo do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Neste artigo, exploraremos como os sistemas cerebrais regulam o foco e a distração, além de como nossos ancestrais evoluíram para nos ajudar a processar melhor as demandas do dia a dia.

Sistemas cerebrais responsáveis

O cérebro desempenha um importante papel na regulação da atenção seletiva e focalizada, especialmente na região do córtex pré-frontal dorsolateral e do córtex parietal superior.

Estes sistemas atuam como filtros, eliminando estímulos não essenciais para a tarefa atual e priorizando aqueles que são mais relevantes. Estes sistemas também desempenham um papel importante na regulação da atenção seletiva e focalizada, permitindo que o cérebro se concentre em estímulos importantes, enquanto ignora outros.

O estudo da Universidade da Pensilvânia descobriu um grupo de neurônios responsável por aumentar a capacidade do cérebro de se concentrar. Esses neurônios, localizados na região lateral pré-frontal do cérebro, produzem uma atividade conhecida como “explosões beta”, que são responsáveis ​​pela supressão de estímulos distractores em face de uma atividade central.

Evolução do Cérebro

A evolução dos seres humanos deu ênfase à capacidade de se concentrar para melhorar a eficiência na busca de recursos essenciais, detecção de ameaças e interação social. Nossa capacidade de foco foi moldada pelas pressões evolutivas ao longo do tempo, criando circuitos e sistemas no cérebro que nos permitiram obter recursos, sobreviver a perigos e manter relacionamentos sociais.

Cérebro

Por exemplo, o foco é importante para a busca de recursos. A capacidade de concentrar energia e atenção em objetivos específicos torna mais provável que um indivíduo encontre alimento ou água potável, aumentando assim as chances de sobrevivência. A atenção seletiva e focalizada também ajuda a detectar ameaças, como predadores ou outros perigos, aumentando as chances de sobrevivência.

Além disso, a capacidade de foco também se tornou fundamental para a interação social. As pessoas estabelecem relações mais profundas quando são capazes de focar na comunicação com outra pessoa e ignorar distrações externas. A habilidade de focar no que é dito e nas respostas adequadas aumenta a possibilidade de criar relacionamentos de qualidade mais longos.

Portanto, a capacidade de foco se tornou um atributo valioso ao longo da evolução. Aqueles que eram capazes de desenvolver bons níveis de concentração eram mais propensos a obter recursos, detectar ameaças e estabelecer fortes relacionamentos. As pressões evolutivas moldaram e refinaram nossa capacidade de foco, criando circuitos cerebrais que nos ajudam a nos concentrarmos em atividades específicas.

Estudo da Universidade da Pensilvânia

Recentemente, uma equipe da Universidade da Pensilvânia lançou um novo estudo para investigar as regiões do cérebro envolvidas no processo de atenção seletiva e focada.

O estudo identificou uma grupo de neurônios responsáveis pela atenção e pelo movimento visual, localizados no córtex pré-frontal lateral, que atuam com um padrão de atividade conhecido como “explosões beta”.

Essas explosões beta têm como função suprimir a interferência de estímulos externos para manter o foco em uma atividade principal. Essa descoberta ajuda a compreender melhor como os sistemas cerebrais evoluíram para melhorar a capacidade de foco.

Contexto contemporâneo

A evolução favoreceu a capacidade de nos concentrarmos em uma atividade de cada vez para melhorar a eficiência na busca por recursos essenciais e para detectar ameaças e interações sociais. No entanto, em um contexto contemporâneo cheio de estímulos variados e demandas de multitarefa, a capacidade de foco tem sido testada cada vez mais.

As descobertas da Universidade da Pensilvânia mostraram que existem grupos de neurônios na região lateral do córtex pré-frontal responsáveis por bloquear estímulos distrativos de uma atividade central. Essa descoberta torna ainda mais importante compreendermos melhor os sistemas que regulam o foco e a distração.

Com os avanços tecnológicos, temos acesso instantâneo a informações de todo o mundo. Estamos expostos a uma cultura de informações rápidas, onde somos constantemente bombardeados com notícias, mensagens de texto, alertas de aplicativos, etc. Esta cultura tem um grande impacto sobre nosso cérebro e como nosso cérebro trata essas informações.

Dr. Sérgio Adrian Fernandes Dantas - Neurocirurgia - Você Sabia? Seu Cérebro Evoluiu Para Focar Melhor E Ignorar Distrações!

Nossa capacidade de focar tem sido desafiada com tantos estímulos, o que dificulta a concentração e o foco. Nossa mente está sobrecarregada com tanta informação que não consegue processar tudo eficientemente, o que significa que nosso foco fica comprometido.

A informação de que estamos constantemente expostos também nos impede de focar e de nos concentrar em tarefas únicas. A multitarefa exige muito do nosso cérebro, pois nosso cérebro precisa processar múltiplas informações e adaptar-se a elas. Isso pode afetar nossa memória de curto prazo, a capacidade de escolher e a resistência a distrações.

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) também afeta significativamente a capacidade de focar. Estudos recentes mostraram que as pessoas com TDAH têm dificuldades em processar informações, filtrar estímulos, mudar rapidamente de tarefas e desenvolver foco mental. A falta de foco torna difícil para as pessoas com TDAH concentrarem-se em tarefas importantes e, como resultado, elas frequentemente se distraem com estímulos irrelevantes.

No geral, compreender melhor os sistemas que regulam o foco e a distração é essencial para entender os impactos da cultura de informações rápidas em nosso cérebro. Isso nos ajudará a compreender melhor como nossa capacidade de focar e de nos concentrar está sendo afetada e quais são as melhores maneiras de estabelecer um foco saudável.

Cultura de informações rápidas

Com a tecnologia evoluindo rapidamente, o mundo contemporâneo, em especial o mundo da mídia, é caracterizado por uma cultura de informações rápidas. Todos os dias, somos inundados por informações e estímulos que nos obrigam a lidar com multitarefas e tarefas que exigem muita atenção, tais como trabalhos, tarefas domésticas, estudos, etc.

Por exemplo, podemos estar falando ao telefone, lendo nossa mensagem de texto, respondendo a um email e assistindo a um vídeo ao mesmo tempo. Esta abordagem multitarefa tornou-se a norma para a maioria das pessoas.

A cultura de informações rápidas é extremamente diferente do que o nosso cérebro evoluiu para lidar. É como se o nosso cérebro tivesse que se ajustar a um novo estilo de vida, forçando os sistemas de foco a trabalhar mais do que o normal. O cérebro humano é muito adaptável, mas também tem seus limites. A exigência de multitarefas muitas vezes pode sobrecarregar o cérebro, causando um estado de estresse e cansaço mental.

Além disso, a cultura de informações rápidas pode levar a problemas de concentração. Estudos recentes mostram que as pessoas têm dificuldade em concentrar-se e absorver informações durante o tempo de permanência nas redes sociais, pois são expostas a uma variedade muito grande de informações e estímulos, muitas vezes em curtos períodos de tempo.

Isso significa que a cultura de informações rápidas pode levar a um déficit de foco e à incapacidade de se concentrar em uma única tarefa por um longo período de tempo.

Além disso, os estímulos visuais que as redes sociais oferecem às vezes podem sobrecarregar os circuitos visuais do cérebro humano. O cérebro é bombardeado com inúmeras imagens, vídeos, anúncios e links à medida que a pessoa navega pela web. Estes estímulos visuais podem levar a um estado de confusão mental, o que pode eventualmente levar a problemas de foco e de concentração.

Risco De Demência

Portanto, é fundamental que se entenda melhor as influências da cultura de informações rápidas no cérebro humano. Compreender os mecanismos que regulam a capacidade de foco e a regulação de distrações é essencial para entender os efeitos dessa cultura na nossa saúde mental.

Estudar as vantagens e desvantagens dessa cultura também pode nos fornecer informações importantes sobre como melhorar a nossa capacidade de lidar com as exigências de multitarefas e minimizar o risco de problemas de foco e concentração relacionados.

Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico que afeta a capacidade de um indivíduo de se concentrar e controlar comportamentos impulsivos. É considerado um desafio neurocognitivo, envolvendo circuitos cerebrales específicos que controlam a atenção, o controle da impulsividade e a regulação emocional.

O TDAH está associado ao desenvolvimento anormal de sistemas cerebrais que regulam o foco, como o córtex pré-frontal dorsolateral e o córtex parietal superior, que são os principais responsáveis pela regulação da atenção seletiva e focada.

Uma nova pesquisa realizada pela Universidade da Pensilvânia, utilizando imagens pós-morte de cérebros humanos, sugere que pode haver uma relação entre o TDAH e o nível de atividade das células nervosas relacionadas à velocidade de movimento visual.

Esta descoberta destaca a importância de compreender melhor o funcionamento dos sistemas cerebrais que controlam o foco, para melhor entender o impacto da cultura de informações rápidas no cérebro humano.

Conclusão

Neste artigo, examinamos a capacidade do cérebro humano de focar e sua capacidade de ignorar distrações. Descobrimos que as regiões do cérebro responsáveis por essa habilidade são o córtex pré-frontal dorsolateral e o córtex parietal superior.

Vimos também que a capacidade de foco foi favorecida pela evolução para melhorar a eficiência ao encontrar recursos essenciais, detectar ameaças e interagir socialmente.

O estudo da Universidade da Pensilvânia descobriu que existem grupos de neurônios relacionados ao movimento visual localizados na área lateral do córtex pré-frontal que podem agir com padrões de atividade chamados “explosões-beta” para suprimir as distrações.

Além disso, foi explorado o impacto da cultura das informações rápidas e do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) sobre a capacidade de foco.

Em suma, este artigo revelou que o cérebro humano evoluiu no sentido de melhorar a sua capacidade de focar e ignorar distrações. Entender melhor esses sistemas que modulam o foco e a regulação de distrações é essencial para compreender o impacto da cultura de informações rápidas no cérebro humano.

Esta informação pode nos ajudar a desenvolver estratégias para melhorar a nossa capacidade de focar e atingir melhores resultados.


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Este artigo foi escrito pela equipe de redação da Agência de Marketing Digital Gentileza com o objetivo de trazer informações atualizadas e confiáveis sobre neurociência para você.