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Conheça outros sintomas e doenças!

Dr. Sérgio Adrian Fernandes Dantas - Neurocirurgia - Epilepsia

Você já se aprofundou no entendimento sobre a epilepsia? Este distúrbio neurológico, que se caracteriza por uma tendência a ter convulsões recorrentes, é o ponto central de nossa discussão hoje. A epilepsia pode surgir em qualquer fase da vida, sendo mais comum na infância e na idade avançada, e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de um indivíduo, afetando não apenas a saúde física, mas também trazendo desafios emocionais e sociais.

Desvende os mistérios por trás dessa condição que, muitas vezes, é cercada de mitos e estigmas. Conheça as causas, que podem estar relacionadas a uma variedade de fatores, incluindo lesões cerebrais, doenças genéticas e infecções, e entenda os sintomas que vão além das convulsões, podendo incluir episódios de ausência e alterações comportamentais.

Explore as opções de tratamento disponíveis, que vão desde o controle medicamentoso, que é a principal forma de manejo da epilepsia, até intervenções cirúrgicas modernas e seguras, que prometem aliviar os sintomas e proporcionar uma melhoria significativa na qualidade de vida dos pacientes.

Prepare-se para uma jornada de conhecimento com o Dr. Sérgio Adrian Fernandes Dantas, um especialista em Neurocirurgia e em procedimentos intervencionistas avançados para o tratamento da dor que está pronto para guiá-lo através dos detalhes intricados desta condição neurológica.

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As informações oferecidas neste site seguem os princípios da resolução do CFM 1974/2011 e do código de conduta da WEB de medicina e saúde, tem o propósito puramente informativo com orientação educativa à sociedade. Não substituem opinião médica em atendimento formal e não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação. A publicação de qualquer conteúdo é proibida sem prévio consentimento. Diretor técnico médico – Sérgio Adrian Fernandes Dantas – CRMRN – 4462. Especialista em Neurocirurgia ( RQE – 1674) e no tratamento da dor ( RQE – 1673)
O que é epilepsia?

Epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por crises epiléticas repetidas.

O que é crise epiléptica?

Crise epiléptica é o resultado de descargas elétricas excessivas (anormais) em um grupo de células no cérebro. Diferentes partes do cérebro podem originar crises epilépticas. Portanto, existem diferentes tipos de crises epilépticas.

*Uma única crise epilética não significa epilepsia!
**Para se considerar epilepsia, as crises epiléticas não devem ser causadas por febre, drogas ou distúrbios metabólicos!

O que é convulsão?

Uma convulsão ou crise convulsiva é um tipo de crise epiléptica em que a pessoa tem abalos musculares (contrações musculares involuntárias).

Quais são os sintomas da epilepsia?

Os sintomas da epilepsia podem variar bastante dependendo da parte do cérebro envolvida pelas descargas elétricas anormais, determinando o tipo de crise epiléptica. Quando as descargas elétricas anormais se limitam a uma área específica do cérebro, a crise epilética é chamada de parcial (focal) e quando se espalham para os dois hemisférios cerebrais (todo o cérebro), a crise epilética é chamada de generalizada.

Na crise parcial simples, a pessoa pode experimentar sensações estranhas ou até mesmo apresentar movimentos descontrolados numa parte do corpo, porém, a consciência fica preservada. Se além disso ocorrer perda da consciência, a crise será classificada como parcial complexa.

Os sintomas incluem:

– Sensações estranhas como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo.

– A pessoa pode “desligar” ou se desconectar da realidade por alguns segundos, como acontece na crise de ausência.

– Apresentar movimentos repetitivos como abotoar camisa, esfregar as mãos, de mastigação ou deglutição.

– Sensação de medo repentino, sem causa aparente.

– Sensação desconfortável no estômago.

– Alterações na percepção dos sentidos como a visão, paladar, olfato, audição.

– Manter olhar fixo no espaço; piscamentos repetitivos dos olhos.

– Quedas súbitas com perda da consciência (desmaio) e relaxamento muscular (diminuição do tônus).

– Contrações musculares em partes do corpo ou em todo o corpo, geralmente acompanhada de perda da consciência (desmaio), podendo ocorrer hipersalivação (babação na boca) e eliminação de urina. Inicialmente pode ficar com o corpo rígido (aumento do tônus) e depois começar a se debater no chão (movimentos tônico-clônicos).

– Crises de risos intensos sem controle e sem motivo aparente, é a chamada crise gelástica. Os ataques de risos descontrolados e exacerbados do ator principal no filme Coringa, sugerem que o personagem tinha crises gelásticas.

*Após a crise epiléptica, a pessoa pode ficar momentaneamente confusa, sem saber o que aconteceu, exausta.

Conheça 11 causas de epilepsia

Estima-se que é possível identificar a causa da epilepsia em cerca de 50% dos casos, incluindo:

1 – Influência genética – Algumas formas de epilepsia têm predomínio familiar (hereditário), como a epilepsia mioclônica juvenil, por exemplo.

2 – Traumatismo craniano – Pancadas na cabeça podem causar lesões cerebrais que originam crises epilépticas.

3 – Esclerose Mesial Temporal – Tipo de cicatriz que ocorre na parte interna do lobo temporal responsável por originar crises epiléticas.

4 – Infecções cerebrais – Lesões infecciosas como meningite, encefalite, abscessos e a neurocisticercose, podem causar epilepsia.

5 – AVC ou Derrame Cerebral – Tanto infarto cerebral quanto hemorragia podem causar epilepsia.

6 – Tumor cerebral – Tumores cerebrais podem causar crises epiléticas. 

7 – Malformações arteriovenosas cerebrais (MAVs) – São lesões vasculares que também podem causar epilepsia.

8 – Distúrbios do desenvolvimento – Alterações do desenvolvimento como displasia cortical focal, por exemplo, podem causar epilepsia.

9 – Distúrbios metabólicos – Alguns distúrbios do metabolismo podem causar epilepsia.

10 – Problemas na gravidez ou no parto – Intercorrências durante a gravidez ou o parto, como infecções, desnutrição, trauma ou falta de oxigênio podem causar lesões cerebrais no
feto e consequente epilepsia.

11 – Doenças autoimunes 

Como é feito o diagnóstico da epilepsia?

O diagnóstico da epilepsia é feito através de uma minuciosa história clínica na qual o médico procura entender o tipo de crise epiléptica, que dependendo dos sintomas, pode sugerir a parte do cérebro envolvida, complementando com o exame neurológico e laboratoriais. Em muitas situações, é fundamental a colaboração de alguém próximo ao paciente, geralmente um familiar, que testemunhou as crises e pode descrevê-la, especialmente em crianças ou quando o adulto não lembra exatamente como aconteceu.
Testes neuropsicológicos são realizados para avaliar funções cognitivas (pensamento), memória e a fala.
O exame de eletroencefalografia (EEG), capta a atividade elétrica cerebral e é capaz de identificar padrões de descargas elétricas anormais, relacionadas com crises epilépticas. É o exame mais utilizado na investigação da epilepsia.
Exames de sangue para avaliar possíveis infecções, alterações genéticas ou outras condições que podem estar relacionadas à epilepsia também podem ser realizados. A ressonância magnética cerebral pode mostrar lesões ou alterações como tumores, malformações arteriovenosas, abscessos, displasia cortical, esclerose tuberosa, esclerose mesial temporal, que podem ser a causa da epilepsia.
Exames radiológicos funcionais como o PET e SPECT, que avaliam o metabolismo cerebral, podem auxiliar na localização da crise epiléptica no cérebro.
O exame de vídeo eletroencefalografia (vídeo EEG) consiste na realização da eletroencefalografia (EEG) associado ao registro em vídeo (filmagem), permitindo ao especialista analisar o padrão da atividade elétrica cerebral e suas relações com as manifestações do paciente, esclarecendo se há crise epiléptica ou não. Desta forma, o vídeo EEG ajuda a identificar e classificar a crise epiléptica.
Em algumas situações muito específicas em que não se consegue definir a origem da crise epiléptica, pode ser necessário realizar um exame minimamente invasivo chamado de estereoeletroencefalografia (estereoEEG ou SEEG, em inglês), em que finos e delicados eletrodos são implantados no cérebro para melhor registro das descargas elétricas e assim, definirmos a origem da crise epiléptica.

Como é feito o tratamento da epilepsia?

Tratamos pessoas com epilepsia utilizando drogas, orientando a dieta e também com cirurgia. Para o correto diagnóstico da epilepsia o paciente deve procurar o neurologista que fará o tratamento adaptado. 

Medicamentos

O tratamento inicial da epilepsia é feito com medicamentos específicos e estima-se que em cerca de 70% dos casos obtém-se o controle das crises epilépticas. Há muitos medicamentos antiepilépticos disponíveis que podem ser utilizados e o neurologista irá escolher qual o remédio dependendo do tipo de crise epiléptica, assim como, de outros fatores incluindo idade , resposta ao tratamento, efeitos colaterais, interação com outros medicamentos, custo financeiro e condições clínicas do paciente. O neurologista poderá fazer ajustes na dose do medicamento, assim como, associar outras drogas para otimizar o tratamento.

Dieta

Uma dieta hipercalórica, rica em lipídios, orientada por profissional competente, tem sido utilizada em crianças com epilepsia.

Cirurgia

Cerca de 30% das pessoas com epilepsia não terão bom controle ou serão refratárias ao tratamento farmacológico otimizado. Para estas pessoas, a cirurgia pode ser uma opção terapêutica. Existem vários tipos de cirurgias que podem ser indicadas para o tratamento da epilepsia e a escolha depende de fatores como, identificação da área onde a crise epiléptica se origina no cérebro, tipo de crise, áreas cerebrais afetadas, idade, condições clínicas do paciente, entre outros.

Conheça os tipos de cirurgias utilizadas para o tratamento da epilepsia.

– Cirurgia ressectiva – Neste tipo de cirurgia, o neurocirurgião retira (resseca) a área cerebral responsável pela origem das crises epilépticas. Um exemplo de uma cirurgia ressectiva é a amigdalohipocampectomia, realizada em pessoas que têm esclerose mesial temporal.

 Cirurgia desconectiva – Procedimento cirúrgico no qual o neurocirurgião interrompe (desconecta) a comunicação entre algumas áreas cerebrais, evitando a propagação das descargas elétricas anormais para todo o cérebro. A calosotomia é um tipo de cirurgia desconectiva utilizada em algumas formas de epilepsia.

– Cirurgia neuromodulatória por estimulação elétrica – Procedimento cirúrgico no qual o neurocirurgião implanta um eletrodo numa parte específica do sistema nervoso (cérebro ou nervo periférico), conectado a um neuroestimulador, semelhante a um marcapasso, para controlar as descargas elétricas anormais.

A Estimulação Cerebral Profunda (DBS) é um exemplo de cirurgia neuromodulatória por estimulação elétrica.

Também existe a Estimulação do Nervo Vago (VNS, em inglês), na qual o neurocirurgião implanta um delicado eletrodo no referido nervo na região do pescoço, conectando o eletrodo a um neuroestimulador que fica implantado abaixo da pele, na região torácica.

Como evitar/prevenir a epilepsia? É possível?

Estima-se que cerca de 25% dos casos de epilepsia poderiam ser evitados, tomando-se os seguintes cuidados.

– Evitar traumatismo cranioencefálico (TCE) é a forma mais efetiva de prevenir epilepsia pós[1]traumática.

– Acompanhamento pré-natal adequado durante a gravidez e boas condições no parto reduzem as chances de novos casos de epilepsia causados por lesão cerebral.

– Tratar de forma rápida e eficaz a febre em crianças, utilizando medicamentos e meios físicos.

– Prevenir AVC ou derrame cerebral, que é uma das causas de epilepsia. Pode ser feito controlando os fatores de risco para o AVC, como hipertensão arterial, diabetes, taxa de gordura no sangue, tabagismo, alcoolismo.

– Evitando doenças infecciosas ou parasitárias como a neurocisticercose, por exemplo, com cuidados de higiene pessoal e alimentar.

Epilepsia tem cura?

Existem algumas formas de epilepsia que apresentam um curso evolutivo autolimitado, especialmente quando começam na infância, e se a pessoa passar vários anos sem crises e
sem tomar a medicação, pode-se considerar curada. Entretanto, na maioria das vezes a epilepsia se comporta como uma doença crônica com as crises epilépticas bem controladas utilizando-se os meios adequados de tratamento, permitindo que a pessoa tenha uma boa qualidade de vida.

As informações oferecidas neste site seguem os princípios da resolução do CFM 1974/2011 e do código de conduta da WEB de medicina e saúde, tem o propósito puramente informativo com orientação educativa à sociedade. Não substituem opinião médica em atendimento formal e não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação. A publicação de qualquer conteúdo é proibida sem prévio consentimento. Diretor técnico médico – Sérgio Adrian Fernandes Dantas – CRMRN – 4462. Especialista em Neurocirurgia (RQE – 1674) e no tratamento da dor (RQE – 1673)

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