Conheça outros sintomas e doenças!

Você já se aprofundou no entendimento sobre a epilepsia? Este distúrbio neurológico, que se caracteriza por uma tendência a ter convulsões recorrentes, é o ponto central de nossa discussão hoje. A epilepsia pode surgir em qualquer fase da vida, sendo mais comum na infância e na idade avançada, e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de um indivíduo, afetando não apenas a saúde física, mas também trazendo desafios emocionais e sociais.
Desvende os mistérios por trás dessa condição que, muitas vezes, é cercada de mitos e estigmas. Conheça as causas, que podem estar relacionadas a uma variedade de fatores, incluindo lesões cerebrais, doenças genéticas e infecções, e entenda os sintomas que vão além das convulsões, podendo incluir episódios de ausência e alterações comportamentais.
Explore as opções de tratamento disponíveis, que vão desde o controle medicamentoso, que é a principal forma de manejo da epilepsia, até intervenções cirúrgicas modernas e seguras, que prometem aliviar os sintomas e proporcionar uma melhoria significativa na qualidade de vida dos pacientes.
Prepare-se para uma jornada de conhecimento com o Dr. Sérgio Adrian Fernandes Dantas, um especialista em Neurocirurgia e em procedimentos intervencionistas avançados para o tratamento da dor que está pronto para guiá-lo através dos detalhes intricados desta condição neurológica.
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Epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por crises epiléticas repetidas.
Crise epiléptica é o resultado de descargas elétricas excessivas (anormais) em um grupo de células no cérebro. Diferentes partes do cérebro podem originar crises epilépticas. Portanto, existem diferentes tipos de crises epilépticas.
*Uma única crise epilética não significa epilepsia!
**Para se considerar epilepsia, as crises epiléticas não devem ser causadas por febre, drogas ou distúrbios metabólicos!
Uma convulsão ou crise convulsiva é um tipo de crise epiléptica em que a pessoa tem abalos musculares (contrações musculares involuntárias).
Os sintomas da epilepsia podem variar bastante dependendo da parte do cérebro envolvida pelas descargas elétricas anormais, determinando o tipo de crise epiléptica. Quando as descargas elétricas anormais se limitam a uma área específica do cérebro, a crise epilética é chamada de parcial (focal) e quando se espalham para os dois hemisférios cerebrais (todo o cérebro), a crise epilética é chamada de generalizada.
Na crise parcial simples, a pessoa pode experimentar sensações estranhas ou até mesmo apresentar movimentos descontrolados numa parte do corpo, porém, a consciência fica preservada. Se além disso ocorrer perda da consciência, a crise será classificada como parcial complexa.
Os sintomas incluem:
– Sensações estranhas como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo.
– A pessoa pode “desligar” ou se desconectar da realidade por alguns segundos, como acontece na crise de ausência.
– Apresentar movimentos repetitivos como abotoar camisa, esfregar as mãos, de mastigação ou deglutição.
– Sensação de medo repentino, sem causa aparente.
– Sensação desconfortável no estômago.
– Alterações na percepção dos sentidos como a visão, paladar, olfato, audição.
– Manter olhar fixo no espaço; piscamentos repetitivos dos olhos.
– Quedas súbitas com perda da consciência (desmaio) e relaxamento muscular (diminuição do tônus).
– Contrações musculares em partes do corpo ou em todo o corpo, geralmente acompanhada de perda da consciência (desmaio), podendo ocorrer hipersalivação (babação na boca) e eliminação de urina. Inicialmente pode ficar com o corpo rígido (aumento do tônus) e depois começar a se debater no chão (movimentos tônico-clônicos).
– Crises de risos intensos sem controle e sem motivo aparente, é a chamada crise gelástica. Os ataques de risos descontrolados e exacerbados do ator principal no filme Coringa, sugerem que o personagem tinha crises gelásticas.
*Após a crise epiléptica, a pessoa pode ficar momentaneamente confusa, sem saber o que aconteceu, exausta.
Estima-se que é possível identificar a causa da epilepsia em cerca de 50% dos casos, incluindo:
1 – Influência genética – Algumas formas de epilepsia têm predomínio familiar (hereditário), como a epilepsia mioclônica juvenil, por exemplo.
2 – Traumatismo craniano – Pancadas na cabeça podem causar lesões cerebrais que originam crises epilépticas.
3 – Esclerose Mesial Temporal – Tipo de cicatriz que ocorre na parte interna do lobo temporal responsável por originar crises epiléticas.
4 – Infecções cerebrais – Lesões infecciosas como meningite, encefalite, abscessos e a neurocisticercose, podem causar epilepsia.
5 – AVC ou Derrame Cerebral – Tanto infarto cerebral quanto hemorragia podem causar epilepsia.
6 – Tumor cerebral – Tumores cerebrais podem causar crises epiléticas.
7 – Malformações arteriovenosas cerebrais (MAVs) – São lesões vasculares que também podem causar epilepsia.
8 – Distúrbios do desenvolvimento – Alterações do desenvolvimento como displasia cortical focal, por exemplo, podem causar epilepsia.
9 – Distúrbios metabólicos – Alguns distúrbios do metabolismo podem causar epilepsia.
10 – Problemas na gravidez ou no parto – Intercorrências durante a gravidez ou o parto, como infecções, desnutrição, trauma ou falta de oxigênio podem causar lesões cerebrais no
feto e consequente epilepsia.
11 – Doenças autoimunes
O diagnóstico da epilepsia é feito através de uma minuciosa história clínica na qual o médico procura entender o tipo de crise epiléptica, que dependendo dos sintomas, pode sugerir a parte do cérebro envolvida, complementando com o exame neurológico e laboratoriais. Em muitas situações, é fundamental a colaboração de alguém próximo ao paciente, geralmente um familiar, que testemunhou as crises e pode descrevê-la, especialmente em crianças ou quando o adulto não lembra exatamente como aconteceu.
Testes neuropsicológicos são realizados para avaliar funções cognitivas (pensamento), memória e a fala.
O exame de eletroencefalografia (EEG), capta a atividade elétrica cerebral e é capaz de identificar padrões de descargas elétricas anormais, relacionadas com crises epilépticas. É o exame mais utilizado na investigação da epilepsia.
Exames de sangue para avaliar possíveis infecções, alterações genéticas ou outras condições que podem estar relacionadas à epilepsia também podem ser realizados. A ressonância magnética cerebral pode mostrar lesões ou alterações como tumores, malformações arteriovenosas, abscessos, displasia cortical, esclerose tuberosa, esclerose mesial temporal, que podem ser a causa da epilepsia.
Exames radiológicos funcionais como o PET e SPECT, que avaliam o metabolismo cerebral, podem auxiliar na localização da crise epiléptica no cérebro.
O exame de vídeo eletroencefalografia (vídeo EEG) consiste na realização da eletroencefalografia (EEG) associado ao registro em vídeo (filmagem), permitindo ao especialista analisar o padrão da atividade elétrica cerebral e suas relações com as manifestações do paciente, esclarecendo se há crise epiléptica ou não. Desta forma, o vídeo EEG ajuda a identificar e classificar a crise epiléptica.
Em algumas situações muito específicas em que não se consegue definir a origem da crise epiléptica, pode ser necessário realizar um exame minimamente invasivo chamado de estereoeletroencefalografia (estereoEEG ou SEEG, em inglês), em que finos e delicados eletrodos são implantados no cérebro para melhor registro das descargas elétricas e assim, definirmos a origem da crise epiléptica.
Tratamos pessoas com epilepsia utilizando drogas, orientando a dieta e também com cirurgia. Para o correto diagnóstico da epilepsia o paciente deve procurar o neurologista que fará o tratamento adaptado.
Medicamentos
O tratamento inicial da epilepsia é feito com medicamentos específicos e estima-se que em cerca de 70% dos casos obtém-se o controle das crises epilépticas. Há muitos medicamentos antiepilépticos disponíveis que podem ser utilizados e o neurologista irá escolher qual o remédio dependendo do tipo de crise epiléptica, assim como, de outros fatores incluindo idade , resposta ao tratamento, efeitos colaterais, interação com outros medicamentos, custo financeiro e condições clínicas do paciente. O neurologista poderá fazer ajustes na dose do medicamento, assim como, associar outras drogas para otimizar o tratamento.
Dieta
Uma dieta hipercalórica, rica em lipídios, orientada por profissional competente, tem sido utilizada em crianças com epilepsia.
Cirurgia
Cerca de 30% das pessoas com epilepsia não terão bom controle ou serão refratárias ao tratamento farmacológico otimizado. Para estas pessoas, a cirurgia pode ser uma opção terapêutica. Existem vários tipos de cirurgias que podem ser indicadas para o tratamento da epilepsia e a escolha depende de fatores como, identificação da área onde a crise epiléptica se origina no cérebro, tipo de crise, áreas cerebrais afetadas, idade, condições clínicas do paciente, entre outros.
– Cirurgia ressectiva – Neste tipo de cirurgia, o neurocirurgião retira (resseca) a área cerebral responsável pela origem das crises epilépticas. Um exemplo de uma cirurgia ressectiva é a amigdalohipocampectomia, realizada em pessoas que têm esclerose mesial temporal.
– Cirurgia desconectiva – Procedimento cirúrgico no qual o neurocirurgião interrompe (desconecta) a comunicação entre algumas áreas cerebrais, evitando a propagação das descargas elétricas anormais para todo o cérebro. A calosotomia é um tipo de cirurgia desconectiva utilizada em algumas formas de epilepsia.
– Cirurgia neuromodulatória por estimulação elétrica – Procedimento cirúrgico no qual o neurocirurgião implanta um eletrodo numa parte específica do sistema nervoso (cérebro ou nervo periférico), conectado a um neuroestimulador, semelhante a um marcapasso, para controlar as descargas elétricas anormais.
A Estimulação Cerebral Profunda (DBS) é um exemplo de cirurgia neuromodulatória por estimulação elétrica.
Também existe a Estimulação do Nervo Vago (VNS, em inglês), na qual o neurocirurgião implanta um delicado eletrodo no referido nervo na região do pescoço, conectando o eletrodo a um neuroestimulador que fica implantado abaixo da pele, na região torácica.
Estima-se que cerca de 25% dos casos de epilepsia poderiam ser evitados, tomando-se os seguintes cuidados.
– Evitar traumatismo cranioencefálico (TCE) é a forma mais efetiva de prevenir epilepsia pós[1]traumática.
– Acompanhamento pré-natal adequado durante a gravidez e boas condições no parto reduzem as chances de novos casos de epilepsia causados por lesão cerebral.
– Tratar de forma rápida e eficaz a febre em crianças, utilizando medicamentos e meios físicos.
– Prevenir AVC ou derrame cerebral, que é uma das causas de epilepsia. Pode ser feito controlando os fatores de risco para o AVC, como hipertensão arterial, diabetes, taxa de gordura no sangue, tabagismo, alcoolismo.
– Evitando doenças infecciosas ou parasitárias como a neurocisticercose, por exemplo, com cuidados de higiene pessoal e alimentar.
Existem algumas formas de epilepsia que apresentam um curso evolutivo autolimitado, especialmente quando começam na infância, e se a pessoa passar vários anos sem crises e
sem tomar a medicação, pode-se considerar curada. Entretanto, na maioria das vezes a epilepsia se comporta como uma doença crônica com as crises epilépticas bem controladas utilizando-se os meios adequados de tratamento, permitindo que a pessoa tenha uma boa qualidade de vida.
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Dr. Sérgio Adrian Fernandes Dantas
Neurocirurgia | CRM/RN 4462 | RQE 1674 | RQE 1673
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