Cistite Intersticial

A bexiga dolorosa é uma sensação desagradável, geralmente descrita como dor, pressão ou desconforto na região pélvica (“pé da barriga”), associada a sintomas urinários que duram mais de 6 semanas, na ausência de infecção ou outras doenças.

• O sintoma principal é a dor na região pélvica (“pé da barriga”), podendo ocorrer também no canal da uretra;
• Aumento exacerbado na frequência urinária (a pessoa urina a cada meia hora);
• Sensação da necessidade urgente de urinar (paciente urina pequenas quantidades);
• A dor melhora temporariamente, quando a pessoa urina.

*Alguns tipos de alimentos ou bebidas podem piorar os sintomas!

• Alimentos ácidos (laranja, abacaxi, limão);
• Alimentos condimentados;
• Bebida alcoólica;
• Café;
• Chá preto;
• Relação sexual;
• Estresse;
• Bebidas gasosas.

• Sexo – a bexiga dolorosa é muito mais frequente nas mulheres (90%);
• Idade – a bexiga dolorosa ocorre mais frequentemente em torno dos 30 anos;
• Presença de outra dor crônica – a bexiga dolorosa pode estar associada a outras dores crônicas, por exemplo, fibromialgia e síndrome do cólon irritável.

Os sintomas da bexiga dolorosa causam grandes transtornos e dificuldades na vida do paciente, como por exemplo:

• A dor crônica causa sofrimento e alterações psicológicas (ansiedade, irritação, depressão);
• Dificuldade para dormir devido a dor e necessidade de urinar a todo momento. Alguns pacientes usam fraldas à noite para evitar levantar e irem ao banheiro, dezenas de vezes;
• Dificuldade ou impossibilidade de manter relação sexual, pois os sintomas podem piorar durante o ato sexual, causando dor e desconforto;
• Pode comprometer a relação conjugal (vida de casal);
• Dificuldade em exercer a atividade profissional;
• Idas frequentes a serviços médicos;
• Retração ou isolamento social;
• Aumento de gasto financeiro com medicamentos e outros cuidados.

Os cientistas ainda não esclareceram completamente o que provoca a bexiga dolorosa. Acredita-se que alterações celulares na parede da bexiga produzem uma inflamação crônica que afeta os nervos que controlam a bexiga, causando os sintomas.
Outras possibilidades incluem:
– Uma disfunção nos músculos do assoalho da pelve que controlam a bexiga;
– Alguma alteração do sistema imunológico que ataca a bexiga;
– Uma reação alérgica.

Não existe cura para a cistite intersticial/bexiga dolorosa, mas, é importante salientar que existem diversas formas de tratamento que aliviam os sintomas e melhoram a qualidade de vida do paciente.

• Infecção urinária;
• Prostatite – inflamação na próstata;
• Endometriose;
• Tumor na bexiga;
• Cistite por radioterapia ou quimioterapia;
• Pedra/cálculo na bexiga;
• Pedra/cálculo na uretra;
• Síndrome da bexiga hiperativa;
• Tumor da próstata;
• Prolapso urogenital. Pode ser da bexiga (também conhecido como bexiga caída), ou do útero.

O tratamento da bexiga dolorosa/cistite intersticial tem por objetivo aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, incluindo várias medidas, como:

• Orientações – especialmente sobre modificações na dieta, evitando alimentos e bebidas que pioram os sintomas. Maneiras ou técnicas para reduzir o estresse são também muito importantes, como meditação e exercícios de relaxamento;
• Medicamentos – algumas drogas específicas podem ser prescritas pelo médico assistente, como por exemplo, a amitriptilina;
• Aplicações de drogas na bexiga – algumas drogas podem ser aplicadas diretamente na bexiga, por exemplo, a toxina botulínica;
• Fisioterapia – auxilia no alívio dos sintomas;
• Distensão da bexiga – hidrodistensão;
• Estimulação ou neuromodulação sacral – técnica minimamente invasiva e muito útil no alívio dos sintomas da bexiga dolorosa/cistite intersticial, na qual, um fino eletrodo (fio elétrico) é implantado próximo aos nervos que controlam a bexiga que é conectado com o neuroestimulador que quando ligado, envia leves impulsos elétricos para a bexiga, melhorando os sintomas. Deve ser indicada antes de cirurgias radicais na bexiga;
• Cirurgias na bexiga.

As informações oferecidas neste site seguem os princípios da resolução do CFM 1974/2011 e do código de conduta da WEB de medicina e saúde, tem o propósito puramente informativo com orientação educativa à sociedade. Não substituem opinião médica em atendimento formal e não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação. A publicação de qualquer conteúdo é proibida sem prévio consentimento. Diretor técnico médico – Sérgio Adrian Fernandes Dantas – CRMRN – 4462. Especialista em Neurocirurgia ( RQE – 1674) e no tratamento da dor ( RQE – 1673)